quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Do voo como despedida...

O dia brotou em sol no jardim
E eu ali... Parado
Revendo em memória,
As angústias e alegrias
Que persistem em mim.

Vejo uma borboleta!
Viajo em seu voar bailarino.
Ela, por corriqueiro,
Cumpre seu destino.
Voa... Pousa... Pousa... Voa!!!
Baila por entre as flores!
Essas, exuberantes
Simplesmente exibem suas cores...

A borboleta ali... Alada...
Atrelada à sua sina... Voa!
Meu olhar se perde na lembrança
De que, inevitavelmente,
Já não sou mais criança.

A borboleta voa e dança
Se deixa levar pelo vento...
... Depois descansa.
Nesse momento posto em lamento
Atento-me para a realidade.
O voo da borboleta, na verdade
Não é presságio de sorte.
É tão-somente
O cumprimento de seu ciclo...
O derradeiro voo de reprodução e morte!!!



Um comentário:

  1. Vivo num conto de fadas.. Borboletas voam e pousam...Retorno de um vôo.

    Seu escrito me despertou vontade de voar... Há abraços que me esperam no porto, mar adentro de um sentimento. Vôo e não alcanço. Retorno como borboleta no jardim: feito dobradiça... E permaneço, por vezes em silêncio!

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