“Mirrado, feio e franzino. Seu nascimento foi um parto dramático, a fórceps (pinça siderúrgica usada para extrair do útero a criança), por isso o afundamento do maxilar. Era 11 de dezembro de 1910...
(...) Morreu no dia 04 de maio de 1937. Tinha 26 anos e cinco meses de idade. O nome dele era NOEL ROSA. Com todas as letras e conforme a certidão de nascimento: Noel de Medeiros Rosa.
Viveu poucos anos e MUITA VIDA!!!”
Hoje, 11 de dezembro de 2011, aniversário de Noel Rosa...
Filosofia
O mundo me condena,
e ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber
se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome
Mas a filosofia hoje me auxilia
A viver indiferente assim
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim
Não me incomodo que você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba,
Ou se vou morrer de fome
Mas a filosofia hoje me auxilia
A viver indiferente assim
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim
Não me incomodo que você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba,
muito embora vagabundo
Quanto a você da aristocracia
Que tem dinheiro,
Quanto a você da aristocracia
Que tem dinheiro,
mas não compra alegria
Há de viver eternamente
Há de viver eternamente
sendo escrava dessa gente
Que cultiva hipocrisia
Que cultiva hipocrisia
Olá Geraldo,
ResponderExcluirTodos os amantes de qualquer forma de arte, vivem, geralmente, poucos anos , mas têm uma vida cheia de vidas.
Preferem viver pouco, mas do seu jeito, sincero, deprovido de hipocrisia.
Belo e realístico poema.
Beijos de luz.