quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Do silêncio que fala em mim...


Nada tem me agitado tanto quanto o silêncio. Silêncio que vem de longe... 
O silêncio chega e encontra morada fácil em mim. Procuro entreter-me, mas nada o sufoca. Sufocando-me, ele dedilha amarguras ruminadas. Procuro palavras, e essas desviam-se do rito da rima. Não componho, não proponho, já não sonho...
O que antes era sonhado vai ficando como tintas alheias num quadro não terminado... Falta-lhe vida, a mesma vida que dá à derradeira cor, o tom!
Por fim, o silêncio traduz sob pouca luz a lucidez...
Sobra saudade, saudade de tudo aquilo que não se fez!!!
Queria, quero, quis... Mas nenhum amor se escreve a giz (o vento leva)...
 

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