terça-feira, 30 de agosto de 2011

Silêncio em tom maior...


Acordou em silêncio. O mesmo silêncio que embalou seu sono. Antes, insone, o pensamento voou...
Não há lucidez no amor!
O amor é lúdico, e assim sendo, é lírico. Carece de atenção e ação. Acostumar-se com a distância, é acostumar-se com a saudade... Inconstância do amor... Lucidez da dor...
Há algo! Pressentimento puro.
O silêncio alarma a alma! Essa se contrai, retrai, traindo-se em devaneios, anseio e receio... Há algo por vir... Virá?
Em meio ao turbilhão de sentimentos e fins de semana, ele se define... Ama... Sente por si só. Não que ele pense no fim, mas essa história ele conhece, já sabe de cor!
O silêncio não é vazio... Não mesmo!!!
Transcende-se em segredo...

P.S. Two worlds collided 

Do som que embala...






sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Da inversão dos fatos...

Enquanto, em outro prédio (público),
Consumava-se em ação
O golpe, o embuste, a traição...
Ele se manteve companheiro
Normal, corriqueiro.

No entanto,
Contra ele recaiu (debilmente)
Grave acusação!
Seu crime?
Excrescência!!!
Em pleno horário de trabalho
Assistir a filmes impróprios
E jogar paciência...

Tal ocorrido carecia de registro
Embora intrigante, persiste a dúvida:
Decreta-se - formal - a condenação
Ou tão-somente o riso?

Ah! Sobre os golpistas?
Nada aconteceu!
Continuam se apresentando
(em falsa modéstia)
Como grandes estrategistas!!!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Do rubro ensejo...

Em pensamentos soltos me perco e perco o tom.
Por hora, a dor estanca o sangue em seco som.
O grito se cala...
O olhar se perde em Narcisos dentro do espelho.
Outro som, mais agudo...
O dia se finda...
Gotas decoram o ambiente em vermelho...
O corte no dedo?
desejo ou medo???


terça-feira, 23 de agosto de 2011

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Do delito...


















O corpo – inerte - pendia,
Já não pedia amparo.
Algum dia pediu?
A corda esticada em um galho...
Esse não partiu!
(Partícipe?)

Especulações diversas sobre o ocorrido
Amor, rancor?
De tudo um pouco...
Um pouco de nada...
Problemas...
Simples alma desesperada...

Ninguém sabe, ninguém viu.
Ocorreu na madrugada.
Na manhã, todos ali...
Exaltados e convictos
julgaram em veredicto... Viris:
- Cortem o mal pela raiz!!!

Não houve, sequer, defesa...
Ninguém ousou fazê-la,
Comoção geral.
E invocando a inquisição
A sentença foi prolatada:
Para que servisse de exemplo,
E para que não ocorresse outra desgraça...
A inocente árvore foi decepada!!!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Para sempre...

"Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho."  
 
Carlos Drummond de Andrade


17 de agosto de 2011, 75 anos de Dona Jaci...





terça-feira, 16 de agosto de 2011

O tempo dos anos...


"O despertador desperta,
acorda com sono e medo;
por que a noite é tão curta
e fica tarde tão cedo?"
 
"Aniversário é uma festa pra te lembrar do que resta..."
16 de agosto, aniversário de Millôr Fernandes
 
 
 
 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O outro lado...


Habitam em mim, dois lados!
De um lado a emoção.
Do outro, a razão.
A razão por ser mais forte
Agride...
A emoção por ser tão frágil
Permite...
A razão sempre em fortes golpes
Destila seu fel...
A emoção, sempre em doces doses
oferece seu mel...

Ainda hoje, persistem em mim dois lados!
De um lado a emoção, que insiste no amor.
Do outro, a razão, que incide da dor.
O meu lado emoção, n’um ato de coragem,
E claro... Amor
Transcendeu-se à dor
E diz que quer e ama!
Ama em desejo...
Queima, pede, grita... E fala!
A razão (o outro lado)...
Assustada e derrotada
Assiste a tudo...
E simplesmente se cala!!!

Ela foi pra fazenda
ele, pra roça.
levou na carroça
sentimentos em variedade.
de todos... Brotou e cresceu saudade!!!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Falso líder...

Da palavra se faz mentiras
Atitudes se revelam
Revelando a face.
Faz-se de único, maior
Mente com verdade.
Qualquer alheio... Menor.
Manipula, usa...
Amizade? (acusa)
Useiro...
Vezeiro...
Tudo normal!
Interesses vis afinal...
Por fim, torna-se só
Um ser só...
Ex-amigos lhe bastam.
Um verdadeiro coitado!
Mas ainda sim, cuidado...

"O lobo talvez mude a pele, mas nunca a alma!"

 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Do tempo...



 A mente rabisca pensamentos distorcidos, 
vagos, momentos por vir... 
Virão?
Sensações preenchidas ao bom som de músicas trocadas (tocadas)... 
Viagem... As horas se arrastam em ponteiros tortos... 
Ansiedade...
Torturar-nos-emos... saudade!!!




 "Na cinza das horas..."


                                                                                                     

domingo, 7 de agosto de 2011

O ciclo...

Cabeça de ouro – Vila Rica

Tronco de prata e bronze – Ouro Preto

Pés de barro – Últimas administrações...




sábado, 6 de agosto de 2011

Em tela... É ela...

A menina que se mostra não revela...
Montanhas, curvas e ais...
Brinca ao se permitir e se faz de tela.
É ela!!!

A menina que se revela não mostra...
Deliciosamente seduz...
Volúpia e desejo em aquarela.
É ela!!!


(As entrelinhas brotam como vírgulas e ...)

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Blecaute...


Pré-conceitos legitimando preconceitos...
Cor... Porta de entrada? Onde?
A verdade se esconde.
Desigualdade tem cor e agora cotas!
A dor tem cor... Ao branco sabor.
Quanto o mercado paga?
Ao que se cala, fala o pensamento (este é livre),
Embora em riso falso se traia...
Trama... Tece em teia dissimulada,
A face racista socialmente velada!!!


terça-feira, 2 de agosto de 2011

Nostalgia...

Meu joelho dói... não há nada que eu possa fazer. Apenas espero o óbvio!
- Com o tempo ele melhora! E se desta vez ele não melhora?
- Minha nossa senhora!...
Puxa, já se passou muito tempo... Estranho, parece que foi ontem. A dor é forte, talvez mais intensa e aguda.
O tempo não retardou as horas. Meu corpo disforme sempre me lembra.
- Tudo passa...
Digo isso, mas não acredito. Admito certo rancor. Renuncio a dor, mas esta me persegue.
Minhas cicatrizes estão abertas, pois elas não buscam perdão. Elas são solidárias à minha decepção.
Agora silêncio... Meu joelho dói! E quando ele dói, eu quero sempre estar calado, para que a mente voe e traga implacável e inevitavelmente meu passado.
Tudo é sombra na luz... Tudo é solidão na mesma sombra que essa mesma luz produz.