sábado, 29 de outubro de 2011

Drummond...

Memória 
                                                                     Carlos Drummond de Andrade

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.

 31 de outubro... 109 anos do poeta Carlos Drummond de Andrade


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Do mosaico...

Pegue cores vivas em sensações...
Ansiedade, calor, disritmia
Suspiros, inspiração em poesia.
Misture cores frias em pesadelo...
Dúvidas, dor e medo
Solitário degredo.
Dilua em pote de lágrimas tais cores
(as vivas e as frias)...
No peito aberto em moldura
Preencha de amor os espaços
Em diferentes e ("des")coloridos pedaços...


sábado, 22 de outubro de 2011

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Da curiosidade*...

Consegue se reconhecer em dias de pouca cor e sombras distorcidas?
Consegue despir-se de palavras reticentes...
Sentimento imprudente?
Omite? Mente?
Impressões e delírios displicentes?
O que Sente?

*Oh, it makes me wonder...




segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Dissonância...

 Não havia confusão de sentimento. O que se sentia era confessional! A distância, para o bem ou para o mal, abrasava o que por vezes era tortuoso.
Ambicioso querer... Longe demais para ter, próximo demais para tanto sofrer...
A revelação se fez em pedaços. Frases ácidas abrindo espaços. Pactos desfeitos em adições e portais... L I B E R D A D E ! ! !
Entre magoar este ou aqueles, optou por eles...
A distância agora só assiste... Distante...
O que talvez não fosse para ser, se fez doloroso.
É assim... Sempre assim...
Por mais que alguém arbitre
O amor para amar... Só livre!!!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Amor não é só para ser lido...

Olhos... Mar!...
Voz... Embargo!...
Coração... Disritmia!...
Pensamento... Saudade!...
Maldade? Não há!...
Apenas a brutal realidade
Que em mim fez dia
Mostrando-me a urgência
De um sentimento (sincero!)
Que de tanto ler e ser lido...
... Sofria...

terça-feira, 11 de outubro de 2011

"Não foi tempo perdido..."

11 outubro de 2011... 15 anos sem Renato Russo... 

 Depois do Começo

                                       Renato Russo

 Vamos deixar as janelas abertas

E deixar o equilíbrio ir embora
Cair como um saxofone na calçada
Amarrar um fio de cobre no pescoço
Acender o intervalo pelo filtro
Usar um extintor como lençol
Jogar pólo-aquático na cama
Ficar deslizando pelo teto

Da nossa casa cega e medieval
Cantar canções em línguas estranhas
Retalhar as cortinas desarmadas
Com a faca surda que a fé sujou
Desarmar os brinquedos indecentes
E a indecência pura dos retratos no salão
Vamos beber livros e mastigar tapetes
Catar pontas de cigarros nas paredes

Abrir a geladeira e deixar o vento sair
Cuspir um dia qualquer no futuro
De quem já desapareceu
Deus, Deus, somos todos ateus
Vamos cortar os cabelos do príncipe
E entregá-los a um deus plebeu

E depois do começo
O que vier vai começar a ser o fim 


domingo, 9 de outubro de 2011

O Che...







Podem até ousar.
Mas igual a ele...
JAMÁS!!!








09 de outubro. 44 anos do assassinato de Ernesto Guevara de la Serna, também conhecido como CHE!!!


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Do que sobra faltando...

De toda falta que há...
Não há de se falar em manobra
Afinal, da distância que os povoa
É a cumplicidade de sentimentos
Que fala, cala, dá e sobra...
Pensamento viaja... Voa...
mas não à toa!!!

(Essa é a sobra...)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Da chuva em mim...

Chove em mim e chove lá fora!
Lá fora em finos fios em pingos
Em mim... Tormenta...
Sentimento transbordando
à procura de abrigo.

Lá fora, a chuva molha a calçada
Em mim... Turbilhão...
De assalto a alma salta assustada
Do amor que há de vir...
Inundação!

Lá fora ainda chove no molhado
Em mim, arfando em ar aquecido
Os sentidos evaporam
se aninham num coração apertado
que bate seco em tom coagulado...