quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A dúvida que há...

Em dúvidas ela se contorce
Instintivamente aciona o freio...
A dúvida ainda embalada
Corre, percorre o incerto...
Excita o desconhecido
Perceptível anseio recolhido.
Transborda, transcende
Aplaca em rumores a razão
Essa silencia... Solta as rédeas
Vai... Enrubesce de tesão!
Pureza?
Precisa incerteza!
Que bom!
Vai vem... Vai... Vem...
Vem?
Permanece a dúvida?
Ainda bem!!!...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Da segunda (resposta?)...

Algum Dia

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Ninguém nunca te disse
Como ser tão imperfeito
Você tem tão pouca chance
De alcançar o seu destino
É fácil fazer parte
De um mundo tão pequeno
Onde amigos invisíveis
Nunca ligam outra vez

Talvez até porque
Ninguém ligue pra você

(Refrão)
Se você quer
Que eu feche os olhos
Pra alguém que foi viver
Algum dia lá fora
E nesse dia
Se o mundo acabar
Não vou ligar
Pra aquilo que eu não fiz

Faz muito pouco tempo
Aprendi a aceitar
Quem é dono da verdade
Não é dono de ninguém
Só não se esqueça que atrás
Do veneno das palavras
Sobra só o desespero
De ver tudo mudar

Talvez até porque
Ninguém mude por você

Se você quer
Que eu feche os olhos
Pra alguém que foi viver
Algum dia lá fora
E nesse dia
Se o mundo acabar
Não vou ligar
Pra aquilo que eu não fiz

Talvez até porque
Ninguém mude por você (Uuu...)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Do sentimento sentido...

Ele queria estar por perto!
Sente no peito... Ritmo incerto.
Imprudente contratempo,
Dedilha em tom menor seu lamento.
À distância... Saudade e medo...
O sentimento acorrenta-se em degredo
Ele quer, ela quer!
E em meio a tanto querer
Torturas num abismo temporal.
O tempo, em tempo, não para...
Pontilha os segundos a seguir
Sente, expressa...
O que há por vir
Pressentimento de agora.
Há razão na dor
Por fim...
Cala-se cálido o amor!
  

terça-feira, 20 de setembro de 2011

"Pra não dizer que não falei das" ROSAS...

Ele Correu para vê-la e lê-la...
Ela não estava.
Ele pensou em deixar recado.
Chegou atrasado!
Um fã já havia passado
Deixou duas rosas
Por persistência... Prova de carinho(?)...
Ele, ainda que de longe
Só fez sentir
O furo fino (enciumado) do espinho...
Ela entendeu sua dor
Foi solidária...
Mas o fã, ela ainda não o deletou...
Ciúme, flor, carinho.
Ciúme, amor, espinho.
Flor, amor... Ciúmes!
Flor, espinho...
Inevitável faca de dois gumes!!!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Do Escrito...

Compor algo da própria lavra...
Sentimento e Palavra...
Expor-se aos olhos alheios
Embrulho em laço colorido
Vaidade e receio...

Palavra e sentimento...
Se alegria... Sorriso!
Se tristeza... Escrito!
Palavra e sentimento
Afina-se com lamento.

Escrever alegra-se mais com a dor!
Então por favor, leiam...
Leiam simplesmente...
Sem ressalvas ou louvor!
Tristeza e alegria se aninham no amor...

Se escrever fosse apenas exaltar a alegria,
Muito mais tristes ficariam as poesias!!!
A tristeza soa... Soa longe...
Que o diga Anjos e Pessoa!!!




terça-feira, 13 de setembro de 2011

Da Princesa...

Ela, a princesa...
Que não perdeu o sapato!
Anda em solo distante,
Vive de saudade
Embalada em retrato.
Sabe o que sente...
Não esconde nem mente!
Mas a dúvida a rodeia,
Golpeia sem dó seu pensamento.
Tormentos de história turva,
Chuva de inquietude e lágrimas...
Em tom suave (logo cedo)
Revela em segredo cenas íntimas.
Lareira acesa... Abrasa a alma!
Ela quer... Enseja...
Batom aveludado sublinhando a boca...
Aroma doce... Beijo cor de cereja!
Ela sabe... Sabe do fogo...
Voluptuosamente deseja...

Ah! Princesa...
A carruagem quando bem guiada
Não derrapa, nem se perde na estrada!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Do apetite... (dela)

 Ele saiu cedo... Ainda escuro.
Tinha algo a provar,
Coisas de estudo.
Ela acordou mais tarde.
Sob o lençol... Partes que ardem...
Ele em doses de adrenalina
Eloquente...
Ela em poses lascivas
Ardente...
Ele falava em tratados,
compromissos em além-mar
Ela se sentia pura (úmida)...
Hoje é sexta, dia de pecar!!!

Convite?... (apetite!)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Menos sentir...


Tem dias que há dia...
Outros, só noite!
Hoje o dia anoiteceu em mim...
Sensação de pouco sentir,
nada de mais, algo de menos...
Desilusão... Enfim!!!


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Da corrupção...

A corrupção é realmente um insulto!
Agora, finalmente, a querem
Como crime hediondo,
Onde a pena é em regime fechado,
Sem fiança, anistia ou indulto.

Contra a administração pública
Existem várias formas de corrupção.
Existe a prevaricação,
A corrupção em si (ativa e passiva),
E ainda peculato e concussão!

Na corrupção passiva
O agente pede ou recebe dinheiro!
Na concussão, feito um ato de rotina,
O agente exige a propina!

O peculato, infelizmente corriqueiro
É exclusivo do servidor público,
Embora admita participação de terceiros,
Caracteriza-se pelo desvio ou apropriação
De valores ou bens móveis
Justamente por ter como seu a coisa,
em razão de sua função.

Já a prevaricação consiste em retardar
Ou deixar de praticar (devidamente)
Ato de ofício... Nada difícil!
Ou ainda praticar ato ilegal (imoral)
Para satisfazer interesse
ou sentimento pessoal.

O dinheiro desviado pela corrupção
É o mesmo que falta
Para a saúde, moradia e educação.
Por isso, em definição...
Todo corrupto
Não passa de um safado,
Bandido e ladrão!

Enfim, querem enquadrar a corrupção!
Resta saber se o Congresso Nacional
Terá coragem e disposição...
Afinal de contas,
não será tarefa fácil para os parlamentares.
Pois, mais que atender ao clamor social,
eles terão de mutilar, dissecar, salgar e cremar
a maioria qualificada de seus pares!!!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

FUMO...

Longe de ti são ermos os caminhos,
Longe de ti não há luar nem rosas,
Longe de ti há noites silenciosas,
Há dias sem calor, beirais sem ninhos!

Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas...
Abertos, sonham mãos cariciosas,
Tuas mãos doces, plenas de carinhos!

Os dias são Outono: choram... choram...
Há crisântemos roxos que descoram...
Há murmúrios dolentes de segredos...

Invoco o vosso sonho!  Estendo os braços!
E ele é, ó meu Amor, pelos espaços,
Fumo leve que foge entre os meus dedos!...
Florbela Espanca